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Gases e equilíbrio na carbonatação da cerveja: o sabor perfeito

Descubra qual o papel dos gases na carbonatação da cerveja e como utilizar a quantidade ideal para uma bebida agradável e satisfatória.

Publicado em Agosto 09, 2023

4 minutos

Carbonatação da Cerveja

A carbonatação é um processo essencial na produção de cerveja, responsável por fornecer a efervescência e o sabor refrescante característicos da bebida.

Seja pela carbonatação natural ou forçada, a presença do dióxido de carbono (CO2) na cerveja desempenha um papel fundamental na experiência sensorial dos apreciadores da bebida.

Neste texto, vamos explorar como ocorre a carbonatação, os gases utilizados nesse processo e os cuidados necessários para evitar uma carbonatação excessiva, continue acompanhando a leitura!

Quais são os tipos de carbonatação?

A carbonatação é o processo de dissolução do CO2 na cerveja, criando as bolhas de gás que são liberadas quando a bebida é consumida. Existem duas formas principais de carbonatar a cerveja:

Carbonatação natural

Durante esse processo, a fermentação primária da cerveja continua dentro da garrafa ou do barril, onde as leveduras consomem os açúcares presentes, produzindo assim o álcool e CO2 como subprodutos.

O CO2 gerado fica retido no recipiente de fermentação, dissolvendo-se gradualmente — essa é a técnica utilizada em cervejas como as "Bottle Conditioned" (fermentação em garrafa), além de algumas cervejas artesanais.

Carbonatação forçada

Nesse método, o CO2 é adicionado artificialmente à cerveja já fermentada, por meio de um cilindro de gás conectado a um regulador de pressão e, em seguida, a um sistema de distribuição de gás.

O CO2 é injetado no líquido através de uma pedra difusora ou uma linha de gás, permitindo uma distribuição uniforme do gás dentro da cerveja.

Como utilizar os gases no processo de carbonatação?

O CO2 é o gás mais comumente utilizado no processo de carbonatação, pois é inodoro, insípido e compatível com o sabor da bebida.

A quantidade de CO2 adicionada varia de acordo com o estilo da cerveja e as preferências do fabricante. A Lager, por exemplo, tende a ter uma carbonatação mais alta, enquanto as cervejas mais encorpadas, como a Stout, pode ter uma carbonatação mais moderada.

Além do CO2, outros gases, como o nitrogênio (N2), são utilizados em estilos de cerveja como as Nitro Stouts, com o objetivo de oferecer uma textura mais cremosa e suave, criando uma experiência sensorial diferenciada.

É importante ressaltar que a quantidade de CO2 ou outros gases utilizados na carbonatação devem ser controlados cuidadosamente.

O produtor deve considerar fatores como o estilo da cerveja, o volume do líquido, a temperatura e a pressão aplicada, isso garante que a carbonatação seja adequada e proporcione a experiência desejada aos consumidores.

Cuidados com a carbonatação excessiva

Embora a carbonatação seja desejada na cerveja, é importante ter cuidado para evitar o excesso, pois isso pode comprometer a qualidade e o sabor da bebida. Alguns dos principais cuidados são:

Controle da pressão

Durante o processo de carbonatação forçada, é essencial controlar adequadamente a pressão aplicada ao cilindro de gás. Uma pressão excessiva pode levar a uma carbonatação rápida demais, resultando em uma cerveja excessivamente efervescente.

Por outro lado, uma pressão insuficiente pode resultar em uma carbonatação fraca, deixando a cerveja sem a quantidade desejada de gás.

Tempo de carbonatação

Cada estilo de cerveja pode ter requisitos diferentes em termos de tempo necessário para atingir a carbonatação ideal. Um tempo de carbonatação insuficiente pode resultar em uma cerveja plana, enquanto um tempo excessivo, além de uma carbonatação inadequada, pode levar até mesmo a uma possível explosão das garrafas.

Temperatura

Geralmente, temperaturas mais baixas permitem uma melhor absorção do CO2. É importante seguir as recomendações específicas para cada estilo de cerveja, considerando a temperatura ideal para preservar a carbonatação desejada.

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