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A importância dos gases no tratamento de efluentes em processos industriais

Saiba como os gases podem ajudar a garantir eficiência, redução de custos e menor impacto ambiental no tratamento de efluentes.

Publicado em Junho 27, 2024

6 minutos

A importância dos gases no tratamento de efluentes em processos industriais

O tratamento de efluentes é uma questão fundamental para a sustentabilidade ambiental e a conformidade regulatória nas indústrias modernas.

Com a crescente preocupação com a preservação dos recursos hídricos e a necessidade de minimizar o impacto ambiental, o uso de gases específicos no tratamento de efluentes destaca-se como uma solução eficaz.

Neste texto, vamos apresentar a importância dos gases no tratamento de efluentes em processos industriais, abordando tópicos como a redução de emissões, o uso de oxigênio (O₂) e ozônio (O₃), além de equipamentos de alta eficiência e baixo consumo de energia.

O papel dos gases no tratamento de efluentes

A redução de emissões em estações de tratamento de efluentes é uma prioridade para muitas indústrias, devido às regulamentações ambientais rigorosas e à responsabilidade social corporativa. O uso de gases como oxigênio e ozônio desempenha um papel fundamental nesse processo.

O oxigênio puro é utilizado em sistemas de aeração avançados, que são componentes essenciais em muitas estações de tratamento de efluentes. Esses sistemas de aeração fornecem o oxigênio necessário para a decomposição biológica dos poluentes orgânicos.

Em comparação com o ar atmosférico, que contém cerca de 21% de oxigênio, o uso de oxigênio puro pode aumentar significativamente a eficiência do processo biológico, resultando em uma menor emissão de gases de efeito estufa como metano (CH₄) e dióxido de carbono (CO₂).

Por outro lado, o ozônio é um poderoso agente oxidante utilizado na desinfecção e na oxidação de poluentes refratários. O uso de ozônio no tratamento de efluentes pode reduzir a necessidade de produtos químicos convencionais, como cloro, que podem gerar subprodutos nocivos.

Além disso, a aplicação de ozônio contribui para uma menor emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) e odores, melhorando a qualidade do ar ao redor das estações de tratamento.

Benefícios do uso de oxigênio no tratamento de efluentes

O oxigênio é essencial para os processos biológicos aeróbios utilizados no tratamento de efluentes. Sua aplicação em forma pura oferece várias vantagens em relação ao uso do ar atmosférico, como:

Eficiência de transferência de oxigênio

A transferência de oxigênio puro é mais eficiente do que a do ar, pois a concentração de oxigênio é muito maior. Isso permite um menor volume de gás para alcançar a mesma taxa de oxigenação, reduzindo os custos operacionais e o consumo de energia.

Melhoria da qualidade do efluente

A alta eficiência na transferência de oxigênio promove uma decomposição mais completa dos poluentes orgânicos, resultando em um efluente de melhor qualidade. Isso é particularmente importante para indústrias que precisam cumprir padrões rigorosos de descarga de efluentes.

Redução de espuma e odores

Em sistemas de aeração convencional, a presença de nitrogênio no ar pode levar à formação de espuma e odores desagradáveis. O uso de oxigênio puro elimina esse problema, proporcionando um ambiente de tratamento mais limpo e seguro.

Equipamentos de alta eficiência e baixo consumo de energia

Os equipamentos de aeração modernos foram projetados para maximizar a eficiência do uso de oxigênio, minimizando o consumo de energia. Alguns exemplos incluem:

Difusores de bolhas finas

Esses dispositivos dispersam oxigênio em pequenas bolhas, aumentando a área de contato com a água e melhorando a transferência de oxigênio. Eles são altamente eficientes e requerem menos energia para operar em comparação com difusores de bolhas grossas.

Turbocompressores

Utilizados para comprimir e fornecer oxigênio puro, os turbocompressores são mais eficientes do que os compressores tradicionais. Eles operam com menor consumo de energia, reduzindo os custos operacionais a longo prazo.

Reatores de Leito Móvel (MBBR)

Esses reatores utilizam biofilmes fixados em suportes móveis para melhorar a eficiência do tratamento biológico. A alta taxa de transferência de oxigênio nesses sistemas resulta em um tratamento mais rápido e eficaz dos efluentes.

Benefícios do ozônio no tratamento de efluentes

O ozônio é um agente oxidante extremamente eficaz utilizado em várias etapas do tratamento de efluentes, incluindo desinfecção, oxidação de poluentes orgânicos e remoção de cor.

A aplicação deste gás é capaz de destruir bactérias, vírus e outros patógenos com maior eficiência do que os desinfetantes tradicionais como cloro. Isso garante a produção de um efluente seguro e de alta qualidade. Ao contrário do cloro, o ozônio não gera subprodutos clorados prejudiciais, como trihalometanos (THMs) e ácidos haloacéticos (HAAs), o que torna o processo de tratamento mais seguro para o meio ambiente e a saúde humana.

Outra característica é que o ozônio pode quebrar compostos orgânicos complexos que são resistentes a tratamentos biológicos convencionais, resultando em uma redução significativa na concentração de poluentes tóxicos e melhora a eficiência global do tratamento.

Economia de custos com descarte de lodo

Um dos maiores desafios no tratamento de efluentes é a gestão do lodo biológico gerado durante o processo. O uso de ozônio pode ajudar a reduzir a quantidade de lodo produzido, proporcionando economias significativas nos custos de descarte e manuseio.

Este gás também pode ser utilizado para oxidar e destruir a biomassa excessiva, reduzindo a quantidade de lodo a ser descartado, diminuindo os custos de transporte e disposição, além de reduzir o impacto ambiental associado ao descarte de lodo.

O tratamento com ozônio pode melhorar a desidratação do lodo, facilitando o processo de desaguamento. Lodo com menor teor de água é mais fácil e menos dispendioso de transportar e dispor.

Operação de estações de tratamento com Índice Volumétrico de Lodo (IVL) muito baixo

Essa estratégia envolve a manutenção de uma concentração mínima de lodo no sistema, se beneficiando do uso de gases como oxigênio e ozônio, o que oferece várias vantagens.

Com um Índice Volumétrico de Lodo (IVL) baixo, a eficiência do tratamento biológico pode ser otimizada. O uso de oxigênio puro garante que as bactérias aeróbias tenham oxigênio suficiente para decompor os poluentes orgânicos de maneira eficaz.

A manutenção de um IVL baixo resulta na separação aprimorada de lodo em equipamentos de sedimentação, reduzindo os custos associados à sua gestão. Além disso, sistemas de tratamento com baixo IVL requerem menos espaço físico, o que pode ser vantajoso em áreas urbanas ou com limitações de espaço.

Com baixas taxas volumétricas de lodo no sistema, a clarificação e a filtração do efluente tratado são mais eficazes, resultando em um efluente de maior qualidade, que pode atender a padrões regulatórios mais rigorosos ou ser reutilizado em processos industriais.

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