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Quais são os principais tipos de corte de metais?

Publicado em Agosto 08, 2022

5 minutos

Trabalho de soldagem

Componentes metálicos são essenciais a diversas indústrias. Após saírem das usinas, passam a servir tanto para a criação de peças quanto para o desenvolvimento de grandes estruturas. Independentemente da aplicação, é crucial que eles sejam beneficiados pelos melhores tipos de corte de metais.

Conhecer as técnicas mais usadas para a perfuração de chapas metálicas orienta a busca pelo processo adequado. O objetivo é encontrar um método com bom custo-benefício para cada ocasião, além de garantir o resultado esperado para a confecção de diferentes produtos.

Vamos aos exemplos? Assim como faria na seleção de equipamento para soldagem, você precisa considerar alguns fatores na escolha do melhor corte. Tipo de metal, volume do material e finalidade da peça estão entre os principais. Veja só!

Corte a laser

É um dos tipos de corte de metais mais usados, principalmente em chapas de aço com pouca espessura (entre 0,5 e 6 mm). Ele consiste em um feixe ou raio altamente focalizado, produzido em uma câmara ressonante com gás lasante ou, nas máquinas mais recentes, em ressonadores de fibra ótica. É esse processo que permite a separação de partes metálicas.

Dependendo de sua potência, o laser pode ser aplicado em peças finas ou grossas de madeira e até acrílico. Porém, o custo-benefício para itens de metal é maior quando envolve componentes delgados. Nesses casos, a técnica pode atingir a precisão de 0,1 mm e cortar a uma alta velocidade.

O laser serve para chapas de diferentes materiais, como alumínio, aço-carbono e aço inox. Seus feixes de luz geram uma espécie de lâmina capaz de dividir peças ou remover fragmentos, a fim de deixá-los prontos para outros processos, como a fundição, a usinagem e a estamparia.

É importante destacar a origem do termo LASER, uma sigla que quer dizer Light Amplification Stimulated Emission Radiation. A tradução significa amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação.

Além do gás lasante, usado na câmara de ressonância em alguns modelos de máquina laser, também há o gás de assistência: nitrogênio, oxigênio ou ar comprimido seco. Eles são responsáveis pelo resfriamento e proteção do cabeçote da máquina laser, além de facilitar o corte pela ação da pressão do gás.

No caso do oxigênio e do ar comprimido, o auxílio ocorre pela ação química (oxidação) na peça metálica. Já o nitrogênio protege esse material da oxidação superficial e evita a formação de carepa. Isso elimina a necessidade de decapagem da peça e garante ótima qualidade visual.

Corte com plasma

O corte com plasma é um dos tipos de corte de metais mais vantajosos em termos de qualidade, velocidade e consumo de energia. As recentes atualizações do mercado permitiram o desenvolvimento de melhores equipamento e a regulagem das máquinas para criar formas diferenciadas.

Hoje, é possível usar o plasma para produzir desenhos personalizados na peça a ser trabalhada. Essa técnica faz uso de gás em alta temperatura para cortar qualquer tipo de material que conduz eletricidade. Sendo assim, representa uma boa opção para componentes ferrosos ou não ferrosos, mesmo aqueles que apresentam superfícies pintadas, lixadas, raspadas ou oxidadas.

O plasma é mais adequado para os metais e as chapas de aço com espessura entre 11 e 25 mm. A execução do corte é parecida com o processo de soldagem por arco elétrico. Inclusive, os gases tipicamente usados para a geração de plasma são os mesmos empregados como gás de proteção na solda. A perfuração em peças inoxidáveis ou pintadas deve envolver o uso de um sistema de exaustão que tenha filtros especiais.

Oxicombustível

Também chamado de oxicorte, funciona a partir da mistura de oxigênio industrial com gás combustível. Nesse processo, a peça que vai receber o corte costuma ser aquecida até atingir determinada temperatura — para itens de aço, por exemplo, o ideal é que fique entre 700 e 900 ºC.

Depois, o operador aplica um jato de oxigênio puro sobre a região aquecida, o que causa a formação de óxidos líquidos no metal. Cabe destacar que essa é uma reação altamente exotérmica, o que significa que produz calor suficiente para partir o aço em dois.

A técnica geralmente é indicada para trabalhos que envolvem peças de aço com mais de 50 mm ou que não exigem um acabamento refinado. Nesses casos, ela leva vantagem em relação aos demais tipos de corte de metais e ganha destaque pelo seu baixo custo inicial.

Como o oxicorte demanda um cilindro de oxigênio e um de gás combustível, é normal que seja aplicado com o auxílio de um carrinho específico. Dessa forma, o operador consegue transportar um kit de cilindros para qualquer lugar e ter mais autonomia, sem precisar procurar tomadas.

O aspecto segurança merece atenção redobrada no corte com oxicombustível. Afinal, a pessoa responsável pelo trabalho estará lidando com fogo, ficando assim sujeita a queimaduras e outros riscos. Também podem ocorrer vazamento com potencial explosivo e contato da pele com metais fundidos.

Como pôde ver, detalhes como a espessura e a aplicação final da peça metálica influenciam bastante a escolha da técnica. Vale lembrar que as opções citadas estão entre os métodos mais usados pela indústria, o que significa que combinam o maior número de vantagens.

Agora que conhece os principais tipos de corte de metais, você já pode comparar os benefícios e as indicações de uso de cada técnica. Dessa forma, a decisão sobre o melhor processo ficará muito mais fácil, economizando tempo e energia que são valiosos para outros trabalhos.

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